Vai deixar de ser fingimento!
Vou fingir não te conhecer. Irás ser mais um desconhecido que por mim passará na rua, e mesmo se eu te olhar, não será com olhos de ver. Vou fingir não te lembrar. Irei esquecer que um dia fizeste parte da minha vida e que te dei a conhecer o mais íntimo de mim. Vou fingir não ter acontecido. Irão falar de ti e eu não reconhecerei o teu nome nem recordarei a tua face. Vou fingir não consentir. Continuarei a manter-te longe, bem longe, sem nunca mostrar que o ressinto. Vou fingir não te falar. Deixarei de te dar a importância que pensas que tens e passarei a ignorar todas as tuas chamadas. Vou fingir não sofrer. Independentemente do meu coração já ter recuperado parcialmente da queda, haverá sempre pedaços de lembranças que reacenderão a faísca. Mesmo depois de tudo, de toda a porcaria que fizeste e causaste, eu sempre acreditei, inconscientemente, que um dia tu mudarias. E com isto tudo, eu friso que nunca mais haverá nada entre nós. Tiveste tempo mais que suficiente para te arrependeres e cresceres, para pensares e perceberes que isto deixou de ser um jogo no momento em que vi que tinhas seguido em frente. Aprende que isto é real, e a Mariana que conhecias, aquela menina com medo de dizer NÃO e ADEUS já cresceu. Só não te mando para o outro lado porque, primeiro, ainda tenho algum respeito e consideração pelas pessoas; segundo, quando o fizer será mesmo para sempre, e aí nem os pedidos de desculpa nem o arrependimento trarão de volta uma palavra que seja. Cresce, aprende, sofre. Sintas ou não algo, deixou de ser relevante. Chega de brincadeiras, vive a tua vida que eu já vivo a minha. Simplesmente já não quero saber e isto não é a fingir.
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